PARAMETROS DE AVALIAÇAO E MODULAÇAO AUTONOMICA EM CRIANÇAS NAO OBESAS E OBESAS MORBIDAS(especial para SIIC © Derechos reservados) |
A análise da variabilidade da frequência cardíaca tem revelado a presença de diminuição do tônus parassimpático cardíaco em crianças obesas e deveria se tornar exame de rotina para essa população. |
Autor: Mario Augusto Paschoal Columnista Experto de SIIC Institución: Pontifícia Universidade Católica de Campinas Artículos publicados por Mario Augusto Paschoal |
Recepción del artículo 30 de Agosto, 2011 |
Aprobación 15 de Febrero, 2012 |
Primera edición 1 de Marzo, 2012 |
Segunda edición, ampliada y corregida 7 de Junio, 2021 |
Resumen
Fundamento: A obesidade mórbida na infância, acarreta alterações funcionais que podem modificar parâmetros tradicionais e atuais de avaliação.
Objetivo: Estudar a interferência da obesidade sobre os parâmetros tradicionais de avaliação e sobre os índices da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC).
Métodos: Foram estudadas 15 crianças obesas mórbidas (OM) e 30 crianças não obesas (NO) com idades entre 9 a 11 anos. Todas foram submetidas às avaliações tradicionais e a um registro dos batimentos cardíacos utilizado para análise da VFC. De acordo com a distribuição dos dados, foi aplicado o teste t ou o teste de Mann-Whitney, ambos com nível de significância p < 0.05. Teste de correlação de Spearman foi utilizado para relacionar os índices da VFC com as medidas de circunferência abdominal.
Resultados: a) avaliação antropométrica: a mais importante diferença encontrada foi na medida da circunferência abdominal, com valores médios respectivos de 83.9 ± 10.4 cm (OM) e 59.2 ± 6.4 cm (NO); b) avaliação laboratorial: significativa diferença entre os grupos envolvendo as medidas da glicemia e lípides sanguíneos; c) avaliação da VFC: índices RMSSD e pNN50 mostraram redução da atividade parassimpática cardíaca nos OM; d) teste de correlação: houve correlação inversa entre os valores de circunferência abdominal e os índices parassimpáticos da VFC.
Conclusão: A obesidade mórbida contribuiu para alterar os resultados nos exames tradicionais de avaliação e para reduzir os índices da atividade parassimpática cardíaca.
Palabras clave
sistema nervoso autônomo, sistema nervioso autónomo, obesidade, obesidad, freqüência cardíaca, frecuencia cardíaca, lípides sanguíneos, lípidos plasmáticos
Abstract
Background: Morbid obesity present in childhood, leads to functional changes that can modify the traditional and current evaluation parameters.
Objective: To study the interference of obesity on traditional parameters of evaluation and on the heart rate variability (HRV) index.
Methods: 15 morbidly obese (MO) and 30 non-obese children (NO) aged 9-11years were studied. They were all submitted to traditional evaluation and also to a record of heart beats that was used to HRV analysis. According to data distribution, t test or Mann-Whitney test was applied, both with significance level of p < 0.05. Spearman correlation test was used to connect the HRV index with the measure of abdominal circumference.
Results: a) anthropometric measurements: the most important difference found was on the abdominal circumference, with respective mean values of 83.9 ± 10.4 cm (MO) and 59.2 ± 6.4 cm (NO); b) laboratorial evaluation: significant difference between the groups involving the glucose and blood lipids; c) HRV evaluation: rMSSD and pNN50 indices showed significant decrease of cardiac parasympathetic activity in the MO group; d) correlation test: there was an inverse correlation between the values of abdominal circumference and the parasympathetic index of HRV.
Conclusion: The morbid obesity contributed to alter the results in traditional assessments and to reduce the index of cardiac parasympathetic activity.
Key words
autonomic nervous system, obesity, heart rate, blood lipids