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PARASITOSES INTESTINAIS NA INFÂNCIA
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
José Arthur Ramos Alves
Columnista Experto de SIIC

Institución:
Centro Universitario Lusíada (Unilus)

Artículos publicados por José Arthur Ramos Alves 
Coautores José Arthur R. Alves*  Eládio Santos Filho** 
Médico, Fundação Lusíada, Professor Mestre*
Médico, Unimonte, Professor Doutor**


Recepción del artículo: 0 de , 0000
Aprobación: 3 de febrero, 2006
Conclusión breve
As parasitoses intestinais constituem grave problema de saúde pública. Determina perda de nutrientes e anorexia, levando a deficiências nutricionais. Além da quimioterapia, eficaz e com poucos efeitos colaterais, é importante continuar a combater o problema com medidas de longo prazo: melhoria das condições ambientais, de renda e educação.

Resumen



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Especialidades
Principal: Atención PrimariaPediatría
Relacionadas: EpidemiologíaFarmacologíaInfectologíaMedicina FarmacéuticaNutrición


PARASITOSES INTESTINAIS NA INFÂNCIA

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
Realizamos esta revisão bibliográfica com o objetivo de atualizar os conhecimentos sobre as parasitoses intestinais, em especial seu impacto sobre o crescimento e desenvolvimento infantis.
Ainda que se verifique queda em sua prevalência no Brasil, elas seguem sendo importante problema de Saúde Pública, principalmente entre os mais pobres. Levantamentos realizados na primeira metade do século passado apontavam para prevalências de 50% a 100% em diferentes regiões do Estado de São Paulo. Um primeiro inquérito domiciliar realizado na cidade de São Paulo em 1973/74 mostrou dois terços de crianças acometidas; novo inquérito realizado com a mesma metodologia em 1995/96 revelou 11% das crianças da amostra com algum tipo de parasita, sendo mais freqüentes a Giardia (5,5%) e o Ascaris (4,4%). Entre os motivos para esta expressiva queda, destaca-se a melhoria das condições ambientais e socioeconômicas, educacionais e de assistência à saúde da população. Ainda que, mantida esta rota de desenvolvimento, possamos prever o desaparecimento destas doenças como preocupação sanitária, a interação entre ambiente, parasita e hospedeiro é bastante complexa; aumento da população, migrações, mudanças comportamentais, instabilidade econômica e novos genótipos de parasitas podem determinar um maior impacto deste problema no século XXI.
O estudo apresenta 2 quadros sinóticos: das principais parasitoses intestinais e do seu tratamento. O primeiro descreve o ciclo evolutivo dos agentes, sua patogenia e quadro clínico. O ciclo vital de todos eles exige a eliminação de ovos, larvas ou cistos pelas fezes, demonstrando o impacto que o saneamento tem nestas doenças; em sua grande maioria, provocam irritação ou inflamação a nível intestinal, com maior ou menor ação espoliadora sobre vários nutrientes; distúrbios gastro-intestinais, entre outros, estão universalmente presentes nos casos sintomáticos.
Quanto ao tratamento, as drogas polivalentes mebendazol e albendazol mantêm-se entre as mais indicadas, pela facilidade posológica e possibilidade de atuação sobre vários parasitas (Ascaris, Ancylostoma, Enterobius, e Trichura). Aumentando-se a dose, o mebendazole também é eficaz contra as teníases; neste caso, porém, o praziquantel é a droga de primeira escolha, bem como para o tratamento do Shistosoma. Strongyloides são tratados com tiabendazol ou cambendazol; já para giardíase ou amebíase, metronidazol ou tinidazol são boas opções.
A perda de nutrientes determinada pelos vários tipos de parasitas, associada à anorexia por eles causada, pode determinar deficiências nutricionais, particularmente em lactentes e pré-escolares, devido a sua maior susceptibilidade. Um sistema imunológico comprometido também aumenta ao risco de parasitoses, a exemplo do Cryptosporidium, que veio à tona com a epidemia de sida.
Ascaridíase, esquistossomose, ancilostomíase, tricuríase, amebíase e giardíase são os parasitas mais estudados quanto ao impacto nutricional; a maioria dos estudos aponta associação entre estes e déficits nutricionais. Ainda que vários organismos internacionais recomendem tratamento em massa com anti-helmínticos em áreas de alta prevalência de parasitoses e/ou desnutrição, a evidência de que o tratamento quimioterápico rotineiro de crianças contribua para o ganho ponderal é limitada. De maneira semelhante, estudos que procuram demonstrar a relação entre parasitoses e desempenho cognitivo também têm-se mostrado inconclusivos.
Programas de controle das parasitoses intestinais devem continuar atuantes, incorporando tanto estratégias de curto (quimioterapia) como de longo prazo (melhoria das condições ambientais, de renda e educação), para assegurar a diminuição da incidência dessas doenças e de sua morbi-mortalidade.
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