siiclogo2c.gif (4671 bytes)
A PLAQUETA COMO MARCADOR PRECOCE DE RISCO CARDIOVASCULAR NA DEFICIÊNCIA DE HORMONA DE CRESCIMENTO
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
Flávio Reis
Columnista Experto de SIIC

Institución:
Unit of Therapeutics, Institute of Pharmacology and Experimental Therapeutics, Medicina Faculty, Coimbra, Portugal

Artículos publicados por Flávio Reis 
Coautor Flávio Reis* 
Investigador, Licenciado, Unidade de Terapêutica – Instituto de Farmacologia e Terapêutica Experimental, Técnico Superior Principal*


Recepción del artículo: 0 de , 0000
Aprobación: 22 de julio, 2005
Conclusión breve
Nos doentes com deficiência de hormona de crescimento (DHC) com início na infância e que mantêm a deficiência após supressão da terapêutica com HC, mas não nos que recuperam os níveis normais, verifica-se uma hiperactivação plaquetar na ausência de outros indicadores de risco cardiovascular, podendo constituir um marcador precoce e eventualmente recomendar terapia anti-agregante preventiva.

Resumen



Clasificación en siicsalud
Artículos originales> Expertos del Mundo>
página www.siicsalud.com/des/expertos.php/73345

Especialidades
Principal: Endocrinología y MetabolismoFarmacología
Relacionadas: CardiologíaHematologíaMedicina Familiar


A PLAQUETA COMO MARCADOR PRECOCE DE RISCO CARDIOVASCULAR NA DEFICIÊNCIA DE HORMONA DE CRESCIMENTO

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
Introdução: A deficiência de hormona de crescimento (DHC) na infância está geralmente associada a um elevado risco cardiovascular (CV), particularmente patente na idade adulta, permanecendo por elucidar os mecanismos bioquímico-funcionais subjacentes.1-3 A terapêutica de substituição com HC demonstrou efeitos benéficos em alguns factores de risco CV,3-7 mas estes dados não têm obtido consenso, havendo igualmente relatos de ausência de efeitos positivos em outros parâmetros disfuncionais relacionados com a DHC.8-10 Estas discrepâncias nos estudos clínicos, em grande número na literatura, e a falta de estudos de investigação das causas bioquímico-celulares associadas ao aumento de risco CV resultam na não recomendação do uso de terapia substitutiva com HC após o fim da idade de crescimento em grande parte dos países. Com efeito, ao elevado custo desta terapêutica soma-se a ausência de dados científicos claros que suportem aquela recomendação.
Objectivos: Este estudo pretendeu avaliar alguns dos principais indicadores de risco cardiovascular, a função plaquetar e a actividade do SNS em doentes com DHC desde a infância e já submetidos a terapêutica de substituição com HC.
Indivíduos e métodos: Foram avaliados dois grupos de doentes com DHC. O grupo DHC-1 recuperou os níveis normais de HC enquanto que o grupo DHC-2 permaneceu deficiente em HC após retirada da terapêutica (n = 10 e 8, respectivamente). Cada grupo foi comparado com um controlo de idade, sexo e índice de massa corporal comparável. Avaliaram-se indicadores antropométricos e parâmetros de hematologia, coagulação e perfil lipídico; concentrações plasmáticas de catecolaminas, noradrenalina (NA), adrenalina (AD) e dopamina (DA), por HPLC-ECD; DCa2+]i plaquetar basal e estimulada por trombina por fluorescência da sonda fura-2; agregação plaquetar estimulada por ADP e colagénio por impedância eléctrica e avaliação da morfologia plaquetar por microscopia electrónica. Os resultados foram apresentados como médias ± e.p.m., sendo o tratamento estatístico resultante da aplicação de ANOVA e teste de Fisher PLSD.
Resultados: Os parâmetros clínicos cardiovasculares não diferiram significativamente entre os doentes e os respectivos grupos controlo, assim como as concentrações plasmáticas de catecolaminas. Relativamente à avaliação plaquetar, não foram constatadas alterações importantes no grupo que recuperou os níveis de HC. Contudo, no grupo que manteve deficiência de HC verificou-se uma reactividade plaquetar aumentada, demonstrada por marcado aumento da [Ca2+]i, da agregação em sangue total e por sinais de morfologia alterada, reveladora de um estado hiperactivo.
Conclusões: Não se verificaram diferenças entre o grupo DHC-1 e o controlo, o que poderá ficar a dever-se à recuperação dos níveis de HC após supressão da terapêutica. Contrariamente, no grupo DHC-2, que manteve deficiência de HC, apesar de ainda ténues alterações nos parâmetros clássicos de risco cardiovascular, observou-se uma hiperactivação plaquetar acentuada. Este indicador poderá vir a ser considerado um marcador precoce de risco cardiovascular aumentado nestes doentes. Se confirmados em estudos posteriores, os dados agora obtidos poderão contribuir para recomendar terapêutica prematura com anti-agregantes plaquetares a título preventivo. O trabalho mantém em aberto a discussão relativamente à administração de HC após o fim do crescimento, apesar do seu elevado custo económico, com o intuito de prevenir ou retardar/atenuar o elevado risco cardiovascular na idade adulta.
Bibliografía del artículo
1. Rosén T, Bengtsson BA. 1990 Premature mortality due to cardiovascular diseases in hypopituitarism. Lancet 336:285-288.
2. Besson A, Salemi S, Gallati S, Jenal A, Horn R, Mullis PS, Mullis PE 2003 Reduced longevity in untreated patients with isolated growth hormone deficiency. J Clin Endocrinol Metab 88:3664-3667.
3. Colao A, Di Somma C, Pivonello R, Cuocolo A, Spinelli L, Bonaduce D, Salvatore M, Lombardi G 2002 The cardiovascular risk of adult GH deficiency (GHD) improved after GH replacement and worsened in untreated GHD: a 12-month prospective study. J Clin Endocrinol Metab 87:1088-1093.
4. Bulow B, Hagmar L, Mikoczy Z, Nordstrom CH, Erfurth EM 1997 Increased cerebrovascular mortality in patients with hypopituitarism. Clin Endocrinol 46:75-81.
5. Carrol PV, Christ ER, Bengtsson B-A, Carlsson L, Christiansen JS, Clemmons D, Hintz R, Ho K, Laron Z, Sizonenko P, Sonksen PH, Tanaka T, Thorner M 1998 Growth hormone deficiency in adulthood and effect of growth hormone replacement: a review. J Clin Endocrinol Metab 83:382-395.
6. Colao A, Di Somma C, Salerno M, Spinelli L, Orio F, Lombardi G 2002 The cardiovascular risk of adult GH deficiency adolescents. J Clin Endocrinol Metab 87:3650-3655.
7. Sas T, Mulder P, Hokken-Koelega A 2000 Body composition, and lipid metabolism before and during long-term growth hormone (GH) treatment in children with short stature born small for gestational age either with or without GH deficiency. J Clin Endocrinol Metab 85:3786-3792.
8. Whitehead HM, Boreham C, McIlrath EM, Sheridan B, Kennedy L, Atkinson AB, Hadden DR 1992 Growth hormone treatment of adults with growth hormone deficiency: results of a 13-month placebo controlled cross-over study. Clin Endocrinol 36:45-52.
9. Florkowski CM, Collier GR, Zimmet PZ, Livesey JH, Espiner EA, Donald RA 1996 Low-dose growth hormone replacement lowers plasma leptin and fat stores without affecting body mass index in adults with growth hormone deficiency. Clin Endocrinol 45:769-773.
10. Vahl N, Jorgensen JOL, Hansen TB, Klausen IB, Jurik A-G, Hagen C, Christiansen JS 1998 The favourable effects of growth hormone (GH) substitution on hypercholesterolaemia in GH-deficient adults are not associated with concomitant reductions in adiposity. A 12-month placebo-controlled study. Int J Obesity 22:529-536.

© Está  expresamente prohibida la redistribución y la redifusión de todo o parte de los  contenidos de la Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC) S.A. sin  previo y expreso consentimiento de SIIC
anterior.gif (1015 bytes)

Bienvenidos a siicsalud
Acerca de SIIC Estructura de SIIC


Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC)
Mensajes a SIIC

Copyright siicsalud© 1997-2024, Sociedad Iberoamericana de Información Científica(SIIC)