siiclogo2c.gif (4671 bytes)
TRATAMENTO DE PACIENTES COM ASMA
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
Alexandre De Paula Rogerio
Columnista Experta de SIIC

Institución:
Universidade Federal Do Triângulo Mineiro

Artículos publicados por Alexandre De Paula Rogerio 
Coautor Alexandre De Paula Rogerio* 
Farmacêutico, Universidade Federal Do Triângulo Mineiro, Uberaba, Brasil*


Recepción del artículo: 0 de , 0000
Aprobación: 11 de febrero, 2014
Conclusión breve
A quercetina demonstra potencial de reduzir os mais (reducir los más) significativos fenótipos da asma (recrutamento de eosinófilos e neutrófilos, produção de muco e de (de moco y de) hiperatividade das vias aéreas). Estes resultados sugerem que a quercetina, pode ser utilizada medicinalmente ou mesmo como complemento de outros fármacos para o tratamento de asma.

Resumen



Clasificación en siicsalud
Artículos originales> Expertos del Mundo>
página www.siicsalud.com/des/expertos.php/139728

Especialidades
Principal: Medicina FarmacéuticaNeumonología
Relacionadas: AlergiaFarmacologíaInmunologíaNutrición

Enviar correspondencia a:
Alexandre Paula Rogerio, 38025-380, Uberaba, Brasil



TRATAMENTO DE PACIENTES COM ASMA

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
A asma é uma doença inflamatória caracterizada por hiperreatividades das vias aéreas, hipersecreção de muco e inflamação eosinofílica (Sircar et al., 2014). As terapias atuais para o tratamento da asma incluem β2-agonistas, antagonistas do receptor 1 dos cisteinil-leucotrienos e corticosteróides (Mukherjee, Zhang, 2011). Embora estes fármacos demonstrem efeitos benéficos, seus efeitos adversos limitam seus usos a longo prazo (Papiris et al., 2009). Assim, o desenvolvimento de novos compostos com atividades terapêuticas similares e reduzido efeitos adversos é tanto desejável quanto necessário. Agentes de origem naturais que induzem poucos efeitos adversos podem ser considerados para a substituição terapêutica ou mesmo como terapia complementar (Verpoorte, 1999). Os compostos naturais podem ser utilizados nas terapias atuais uma vez que são capazes de aliviar os sintomas de forma comparável aos medicamentos alopáticos. A história das plantas medicinais é encontrada desde as tábuas de argila dos assírios (2000 aC) e dos papiros egípcios (1550 aC) e os seus conhecimentos foram perpetuados através dos ensinamentos de Hipócrates, Dioscórides, Galeno, Paracelso dentre outros (Sneader, 2005; Potterat, Hamburger, 2008). A origem da pesquisa com produtos naturais na indústria farmacêutica começou com o isolamento da morfina a partir do látex de ópio em 1805 por Sertürner (Potterat, Hamburger, 2008). No entanto, o mais famoso produto de origem vegetal, descoberto no século 19, é o ácido acetilsalicílico, um derivado do ácido salicílico extraído da casca do salgueiro (Salix alba e outras espécies) (Rainsford, 2007). Patenteado pela Bayer em 1900 e vendido com o nome de Aspirina ácido acetilsalicílico é utilizado principalmente para o tratamento da dor e inflamação Existem várias substânicas derivadas de plantas medicinais que podem diminuir a produção de mediadores inflamatórios assim como reduzir a expressão de fatores de transcrição e consequentemente o processo inflamatório (Calixto et al., 2000; Calixto et al., 2004). Na busca de extratos e compostos derivados de plantas medicinais com atividades para reduzir a eosinofilia e/ou recrutamento de eosinófilos nosso grupo, utilizou com sucesso modelos experimentais tais como o modelo de peritonite aguda induzida pela fração F1 do Histoplasma capsulatum (Rogerio et al., 2006), modelo da infecção helmíntica por Toxocara canis (Rogerio et al., 2003) e o modelo de inflamação alérgica das vias aéreas induzida por ovalbumina (Rogerio et al., 2008; Rogerio, Sá-Nunes, Faccioli, 2010). Dentre as substâncias isoladas de plantas medicinais os flavonóides são os mais estudadas. O termo "flavonóides" pesquisado na base de dados da “US National Library of Medicine National Institutes of Health” acessado pelo site “www.pubmed.com” rendeu mais de 69.118 artigos em fevereiro de 2014. A quercetina, um flavonóide presente em plantas medicinais, frutas e vegetais, demonstra efeitos antioxidante, anti-inflamatório e anti-alérgico dentre otros efeitos em modelos experimentais e clínicos (Middleton et al., 2000; Fortunato et al., 2012). Apesar de seu potencial propriedade anti-inflamatório, a quercetina é bem conhecido por baixa solubilidade em água. Com o foco nas vias aéreas, a quercetina e os seus metabólitos foram encontrados nos pulmões de ratos (De Boer et al., 2005). Além disso, os metabólitos da quercetina também foram encontrados no ar expirado da vias aéreas de seres humanos (Walle et al., 2001). No modelo de inflamação alérgica das vias aéreas induzido por ovalbumina em camundongos nosso grupo demonstrou que a quercetina (em propilenoglycol:água; proporção 1:1) reduziu o recrutamento de eosinofilos para o pulmão assim como a produção de citocinas envolvidas na patofisiologia da asma como a IL-5 (Rogerio et al., 2007; Fortunato et al., 2012). Utilizando o mesmo modelo experimental, mas em outro trabalho, nosso grupo demonstrou que a quercetina em microemulsão (um sistema de liberação coloidal de drogas que melhora a absorção e o índice terapêutico) foi mais efetiva em reduzir a inflamação eosinofílica que a quercetina em suspensão (em água). Além disso, a quercetina em microemulsão reduziu também a produção de IL-5 e IL-4 assim como a expressão do fator de transcrição NF-B (Rogerio et al., 2010; Fortunato et al., 2012). Estes e outros resultados citados na revisão descrita por nosso grupo (Fortunato et al., 2012) sugerem que a quercetina poderia ser utilizada medicinalmente para o tratamento de asma. Aliado a isso a quercetina é consumida na dieta desde os primórdios da história humana sem demonstrar efeitos adversos significativos podendo assim favorecer os estudos clínicos para prevenção ou tratamento da inflamação das vias aéreas de pacientes com asma.
Bibliografía del artículo
Calixto JB, Beirith A, Ferreira J, Santos AR, Filho VC, Yunes RA. Naturally occurring antinociceptive substances from plants. Phytother Res 14(6):401-418, 2000.
Calixto JB, Campos MM, Otuki MF, Santos AR. Anti-inflammatory compounds of plant origin. Part II. Modulation of pro-inflammatory cytokines, chemokines and adhesion molecules. Planta Med 69(2):973-983, 2004.
De Boer VC, Dihal AA, Van der Woude H, Arts IC, Wolffram GM, Alink GM, Rietjens IM, Keijer J, Hollman PC. Tissue distribution of quercetin in rats and pigs. J Nutr 135(7):1718-1725, 2005.
Fortunato LR, Alves CF, Teixeira MM, Rogerio AP. Quercetin: a flavonoid with the potential to treat asthma. Braz J Pharm Sci 48(4):589-599, 2012.
Middleton E, Chithan K, Theoharides TC. The effects of plant flavonoids on mammalian cells: implications for inflammation, heart disease, and cancer. Pharmacol Rev 52(4):673-751, 2000.
Mukherjee AB, Zhang Z. Allergic asthma: influence of genetic and environmental factors. J Biol Chem 286(38):32883-32889, 2011.
Papiris SA, Manali ED, Kolilekas L, Triantafillidou C, Tsangaris I. Acute severe asthma: new approaches to assessment and treatment. Drugs 69(17):2363-2391, 2009.
Potterat O, Hamburger M. Drug discovery and development with plant-derived compounds. Prog Drug Res 65(45):47-118, 2008.
Rainsford KD. Anti-inflammatory drugs in the 21st century. Subcell Biochem 42:3-27, 2007.
Rogerio AP, Dora CL, Andrade EL, Chaves JS, Silva LF, Lemos-Senna E, Calixto JB. Anti-inflammatory effect of quercetin-loaded microemulsion in the airways allergic inflammatory model in mice. Pharmacol Res 61(4):288-297, 2010. Rogerio, A.P, Fontanari, C, Borducchi, E, Keller, A.C, Russo, M., Soares, E.G, Albuquerque, D.A, Faccioli, L.H. Anti-inflammatory effects of Lafoensia pacari and ellagic acid in a murine model of asthma. Eur J Pharmacol, v.580, n.1-2, p.262-70, 2008., L.H. Anti-inflammatory, analgesic and anti-oedematous effects of Lafoensia pacari extract and ellagic acid. J Pharm Pharmacol, v.58, n.9, p.1265-1273, 2006.
Rogerio AP, Kanashiro A, Fontanari C, Da Silva EV, Lucisano-Valim YM, Soares EG, Facioli LH. Anti-inflammatory activity of quercetin and isoquercitrin in experimental murine allergic asthma. Inflamm Res 56(10):402-408, 2007.
Rogerio AP, Sa-Nunes A, Albuquerque DA, Anibal FF, Medeiros AI, Machado ER, Souza AO, Prado JC Jr, Faccioli LH. Lafoensia pacari extract inhibits IL-5 production in toxocariasis. Parasite Immunol 25(7):393-400, 2003.
Rogerio AP, Sá-Nunes A, Faccioli LH. The activity of medicinal plants and secondary metabolites on eosinophilic inflammation. Pharmacol Res 62(4):298-307, 2010.
Sircar G, Saha B, Bhattacharya SG, Saha S. Allergic asthma biomarkers using systems approaches. Front Genet 8(4):308, 2014.
Sneader W. Drug discovery: a history by Walter Sneader. John Wiley and Sons, Ltd.: West Sussex, England, p.472, 2005.
Verpoorte R. Exploration of nature's chemodiversity: the role of secondary metabolites as leads in drug development. Drug Discov Today 3(5):232-238, 1999.
Walle T, Walle UK, Halushka PV. Carbon dioxide is the major metabolite of quercetin in humans. J Nutr 131(10):2648-2652, 2001.

© Está  expresamente prohibida la redistribución y la redifusión de todo o parte de los  contenidos de la Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC) S.A. sin  previo y expreso consentimiento de SIIC
anterior.gif (1015 bytes)

Bienvenidos a siicsalud
Acerca de SIIC Estructura de SIIC


Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC)
Mensajes a SIIC

Copyright siicsalud© 1997-2024, Sociedad Iberoamericana de Información Científica(SIIC)