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ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS E IMUNO-HISTOQUÍMICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA ANTES E DEPOIS DE DIFERENTES TRATAMENTOS
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
Ana Cristina De Carvalho Botel Botelho, Acc
Columnista Experto de SIIC

Institución:
Universidade Estadual De Montes Claros - Unimontes

Artículos publicados por Ana Cristina De Carvalho Botel Botelho, Acc 
Coautor Ana Cristina De Carvalho Botel Botelho, Acc* 
Bióloga, Universidade Estadual De Montes Claros - Unimontes, Montes Claros, Brasil*


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Aprobación: 15 de mayo, 2013
Conclusión breve
Os achados histopatológicos apresentados com a cura clínica, não mostraram padrão histológico característico para LTA. A cura histopatológica nem sempre coincidiu com a cura clinica. Para determinar um critério ideal de cura, deveríamos considerar os aspectos clínicos, histopatológicos e analises parasitológica.

Resumen



Clasificación en siicsalud
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Especialidades
Principal: Anatomía PatológicaDiagnóstico por Laboratorio
Relacionadas: BioquímicaDermatologíaInfectologíaInmunologíaSalud Pública

Enviar correspondencia a:
Ana Cristina Carvalho Botelho, 39401-002, Montes Claros, Brasil



ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS E IMUNO-HISTOQUÍMICOS DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA ANTES E DEPOIS DE DIFERENTES TRATAMENTOS

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
No Brasil, a leishmaniose tegumentar Americana (LTA) representa um problema de saúde pública e sua incidência tem aumentado significativamente 1. O antimônio pentavalente foi introduzido como um substituto para o tratamento com tártaro emético, e ainda é usado hoje em dia. Embora o antimônio pentavalente seja menos tóxico, ele ainda esta associado a importantes efeitos colaterais e não se preconiza o seu uso em alguns casos específicos. Estudiosos avaliam novas estratégias terapêuticas que utilizam antígenos baseados na Leishmania sob o principio da estimulação imunológica2. Mayrink e colaboradores conduziram um estudo para acessar a eficácia do tratamento com quimioterapia, imunoterapia e uma combinação de ambos, onde observou que a associação do antimônio com a imunoterapia teve o mesmo efeito que o tratamento padrão ao mesmo tempo em que se reduzia a quantidade do sal usada, a duração media do tratamento e os efeitos colaterais3.

Sabendo-se que a susceptibilidade ou resistência do hospedeiro depende de fatores como as espécies do parasito e do vetor, além das condições genéticas e imunológicas do hospedeiro4, foi realizada uma avaliação do processo de cicatrização da leishmaniose tegumentar através de analise histopatológica e do perfil do perfil fenotípico das citocinas nas lesões e cicatrizes após diferentes métodos terapêuticos em 23 pacientes com diagnóstico confirmado em pelo menos dois exames positivos. Os diagnósticos se basearam no exame parasitológico direto por aposição da biopsia, reação de Montenegro, exame clínico e epidemiológico. A histopatologia da LTA identifica diferentes achados morfológicos que vão desde um infiltrado de células mononucleares e neutrófilos, até reações granulomatosas com ou sem necrose5,6. A importância da resposta imune, em modelo experimental é bem conhecida, no entanto, no homem sugere-se que as citocinas Th1 promovem ativação dos macrófagos e a consequente destruição da Leishmania; em contrapartida, a resposta do tipo Th2 esta associada a disseminação da doença7,8.

Os fragmentos foram obtidos por biopsia de lesões antes do inicio do tratamento e de cicatrizes 30 a 40 dias após o tratamento, sendo a cura clinica determinada pela completa cicatrização das lesões. Os pacientes foram divididos em três grupos, de acordo com o método terapêutico: Grupo I: 8 pacientes que receberam tratamento com Glucantime, administrado por injeção intramuscular em doses diárias de 1 mL/5 kg, não excedendo 10 mL/dia, por 10 dias, com um intervalo de tratamento de 10 dias. O período de tratamento deste grupo foi de 30-110 dias. Grupo II: 7 pacientes tratados com Leishvacin + Glucantime; A vacina Leishvacin foi aplicada por injeção intramuscular de acordo com o esquema de Mayrink3. Este esquema foi repetido após um intervalo de 10 dias. O Glucantime foi administrado por injeção intramuscular em doses diárias de 0.5 mL/5 kg peso, não excedendo 5 mL/dia, e dado ao mesmo tempo que a injeção Leishvacin, também com um intervalo de 10 dias entre as sessões de tratamento; Grupo III: 8 pacientes tratados com Leishvacin + BCG (Bacillus Calmette-Guerin) associados ao Glucantime; Leishvacin + BCG em dose única por injeção intradérmica. Quinze dias após, administração do Glucantime por injeção intramuscular em dose diária de 1 mL/5 kg peso, não excedendo 10 mL/dia, por 10 dias, seguido o mesmo intervalo de tratamento.

As seções histológicas de 4 μm foram coradas com hematoxilina e eosina e observadas em microscópio óptico com aumento de 400x. As análises estatísticas foram realizadas entre os resultados dos grupos de pacientes, considerando as alterações morfológicas e a imunolocalização das proteínas IFN-γ, IL-12, IL-4 e IL-10 no tecido.

Os resultados das analises antes do tratamento mostraram na epiderme, a presença de acantose acentuada, papilomatose e hiperceratose; na derme, com a predominância de intensa reação exsudativa celular e presença de células mononucleares. Após o tratamento, observamos diminuição das alterações histopatológicas na epiderme. Na derme, a resposta celular exsudativa foi menos intensa e a presença de células mononucleares persistiu. O padrão da expressão imuno-histoquímica mostrou uma diferença estatisticamente significativa avaliando a frequencia de células expressando as proteínas IFN-γ, IL-12, IL-4 e IL-10 antes e após o tratamento, ficando assim demonstrada uma maior expressão de citocinas proinflamatórias tais como IFN-γ e IL-12 antes do tratamento em comparação com as citocinas anti-inflamatorias IL-10 e IL-4. Estudos prévios mostraram que as células inflamatórias em lesões ativas produzem uma alta expressão de IFN-γ9,10 e esta alta expressão pode resultar na contenção do parasito por prevenir sua disseminacao11. A ausência de resolução completa das lesões sugere a persistência de antígenos parasitários, o que está relacionado à manutenção de resposta inflamatória local12, sugerindo que mecanismos imunológicos estejam envolvidos no escape do parasito8.

Tanto na análise histológica quanto na imuno-histoquimica não observamos diferenças na evolução para cura com cada um dos tratamentos. O uso de cada um dos tratamentos foi tão eficaz quanto o Glucantime, que é a primeira linha de tratamento para LTA, embora tóxica, com efeitos colaterais e contra-indicações. O uso de outras terapias em associação ao Glucantime reduziu a quantidade deste. Um maior entendimento sobre os mecanismos reguladores envolvidos na doença humana é necessário para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas8.
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