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EFEITOS DA ELETROACUPUNTURA NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DE RATOS
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
Delane Viana Gondim Gondim
Columnista Experto de SIIC

Institución:
Universidade Federal Do Ceará

Artículos publicados por Delane Viana Gondim Gondim 
Coautor Delane Viana Gondim Gondim* 
Odontóloga, Universidade Federal Do Ceará, Fortaleza, Brasil*


Recepción del artículo: 0 de , 0000
Aprobación: 18 de julio, 2012
Conclusión breve
Eletroacupuntura nos pontos IG4, IG11, E36 e E44 causou efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório na artrite aguda induzida por zymosan na articulação temporomandibular de ratos. A investigação de possíveis mecanismos moleculares para obtenção de tais efeitos será importante para aceitação da acupuntura como tratamento eficaz na disfunção temporomandibular.

Resumen



Clasificación en siicsalud
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Especialidades
Principal: AnestesiologíaOdontología
Relacionadas: Anatomía PatológicaCirugíaFarmacologíaFisiatríaKinesiologíaMedicina del DolorOtorrinolaringología

Enviar correspondencia a:
Delane Viana Gondim, Federal University of Ceará, Fortaleza, Brasil



EFEITOS DA ELETROACUPUNTURA NA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DE RATOS

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
Eletroacupuntura (EA) estimula os acupontos através da aplicação de estímulos elétricos que passam pelas agulhas de acupuntura, elucidando respostas neuroendócrinas através da ativação do sistema nervoso central e periférico (Berman et al., 2004). O presente estudo investigou os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório da EA na artrite da articulação temporomandibular (ATM) de ratos. Tal artrite foi induzida através da administração de zymosan, um polissacarídeo da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae (Di Carlo and Fiori,1958). A artrite induzida por zymosan é mediada pela ativação do sistema imune inato (Schorlemmer et al.,1977) e produz intensa inflamação aguda, com proliferação de leucócitos e linfócitos e produção de anticorpos (Frasnelli et al, 2005).
Esse trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da Universidade Federal do Ceará com número de protocolo 027/2010 e utilizou ratos Wistar machos (180-220 g). EA de baixa frequência (10 Hz, 30 min) foi utilizada nos acupontos IG4, IG11, E36 e E44 (bilateralmente) ou em pontos sham 2 h depois ou 1 h antes da administração intra-articular de zymosan (2 mg). A hipernocicepção mecânica foi avaliada através do uso do aparelho eletrônico Von Frey após injeção do zymosan. Os ratos foram sacrificados 6 h após administração do agente pró-inflamatório (Chaves et al., 2011) e a região da ATM foi removida para análise histopatológica, atividade da mieloperoxidase, observação da permeabilidade vascular e verificação imunohistoquímica de TNF –α e das enzimas ciclo-oxigenase-2 (COX-2) e óxido nítrico sintase induzida (iNOS).
Nossos resultados demonstraram que EA utilizada tanto como pré-tratamento e como pós-tratamento teve efeito antinociceptivo, observado através do aumento do limiar nociceptivo do animal registrado através do aparelho Von Frey. O efeito anti-inflamatório foi observado através da contagem de células e da análise atividade da mieloperoxidase do líquido sinovial. Na análise histopatológica da região da ATM, o tratamento com EA também foi eficaz, reduzindo edema e infiltrado celular na membrana sinovial e no tecido periarticular.
Autores (Sato et al., 1986) demonstraram que o edema causado pela injeção intra-articular do zymosan inicia 15 min. após administração do mesmo e parece ser dependente das células mastocitárias durante a primeira hora. Outros autores (Ribeiro et al., 2000) demonstraram que o edema induzido pelo zymosan é significante durante a primeira hora e é amplificado durante a terceira e quarta horas. Takeshita et al. (2003) demosntraram que a migração neutrofílica observada após injeção do zymosan depende da degranulação dos mastócitos e da liberação de histamina e leucotrienos.Na análise da permeabilidade vascular, EA foi eficaz na redução do extravasamento do azul de Evans na região da ATM e tecido periarticular somente quando utilizada como pré-tratamento, ou seja, EA reduziu o extravasamento desse corante quando utilizada previamente a indução da artrite induzida pelo zymosan, o que nos levou a sugerir que EA poderia estabilizar a parede dos mastócitos, inibindo a liberação de histamina por essas células e a migração de neutrófilos para a cavidade articular.
Para obtenção de tais efeitos, é necessário que EA seja utilizada através da estimulação dos acupontos, portanto é necessária a precisa localização dos mesmos. Animais tratados com EA em pontos sham utilizaram estimulação elétrica em locais distintos desses pontos, numa região onde não há acupontos relacionados nos mapas anatômicos da acupuntura. Esses animais também exibiram resposta antinociceptiva, mas este modo de acupuntura foi menos eficiente que a EA nos acupontos.
Autores sugerem que a redução da dor não é dependente da região onde o estímulo acupuntural foi realizado, como preconiza a literatura chinesa clássica (Goddard et al., 2002). Entretanto, ainda de acordo com outros trabalhos experimentais (Oh et al, 2006; Gondim et al., 2010), nossos resultados sugerem que a analgesia obtida com acupuntura sham existe, mas que ela não se mantém ao longo do tempo.Nós também observamos que a sham acupuntura não agiu sobre os parâmetros inflamatórios, como observado também por outros autores ( da Silva et al., 2011)
Nossos resultados também demonstram que TNF –α, COX-2 e iNOS apresentam importante papel na dor inflamatória da ATM e que EA nos acupontos IG4, IG11, E36 e E44 exerce efeito analgésico nesse processo devido sua capacidade em reduzir a produção de TNF –α e a expressão de COX-2 e iNOS nas células sinoviais. É importante ressaltar que diante desses resultados, o tratamento com EA poderia ser indicado para pacientes portadores de dores articulares associadas a artropatias inflamatórias e que esse tratamento poderia ser útil no controle das agudizações de processos inflamatórios crônicos em pacientes artríticos.
Bibliografía del artículo
Berman, B.M., Lao, L., Langenberg, P, Lee, W.L., Gilpin, A.M., Hochberg, M.C. 2004. Effectiveness of acupuncture as adjunctive therapy in osteoarthritis of the knee: a randomized, controlled trial. Ann Intern Med. 141: 901-910. Di Carlo, F.J., Fiore, J.V. 1958. On the composition of zymosan. Science. 127: 756-757. Frasnelli, M.E., Tarussio, D., Chobaz-Péclat, V., Busso, N., So, A. 2005. TLR2 modulates inflammation in zymosan-induced arthritis in mice. Arthritis Res Ther. 7: R370-R378. Schorlemmer, H.U., Bitter-Suermann, D., Allison, A.C. 1977. Complement activation by the alternative pathway and macrophage enzyme secretion in the pathogenesis of chronic inflammation. Immunology. 32: 929-940. Sato, T., Ino, Y., Koshiyama, Y., Motoyoshi, A., Oda, M., Iwaki, M. 1986. Inhibitory effects of a novel synthetic protease inhibitor, FUT-175, on the paw edema in rats and zymosan-induced complement activation in vitro. Jpn J Pharmacol. 42: 587-589. Chaves, H.V., Ribeiro, R.A., De Souza, A.M.B., Silva, A.A.R., Gomes, A.S., Vale, M.L. et al. 2011. Experimental model of zymosan-induced arthritis in the rat temporomandibular joint: role of nitric oxide and neutrophils. J Biomed Biotechnol. 2011: 707985. Ribeiro, R.A., Vale, M.L., Thomazzi, S.M., Paschoalato, A.B., Poole, S., Ferreira, S.H. 2000. Involvement of resident macrophages and mast cells in the writhing nociceptive response induced by zymosan and acetic acid in mice. Eur J Pharmacol. 387:111-118. Takeshita, K., Sakai, K., Bacon, K.B., Gantner, F. 2003. Critical role of histamine H4 receptor in leukotriene B4 production and mast cell-dependent neutrophil recruitment induced by zymosan in vivo. J Pharmacol Exp Ther. 307:1072-1078. Goddard, G., Karibe, H., McNeill, C., Villafuerte, E. 2002. Acupuncture and sham acupuncture reduce muscle pain in myofascial pain patients. J Orofac Pain. 16:71-76. Gondim, D.V., Carvalho, K.M., Vale, M.L. 2010. Pain behavior to electroacupuncture in rabbit tooth pulp assay. Braz J Oral Sci.
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