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AVALIAÇÃO SOMATOSENSORIAL DE INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS
(especial para SIIC © Derechos reservados)
Autor:
Renata De Sousa Mota
Columnista Experta de SIIC

Institución:
Mestre Em Ciência Da Motricidade Humana - Ucb/rj/brasil. Docente Da Fazag - Valença/ba/brasil E Da Famam - Cruz Das Almas/ba/brasil.

Artículos publicados por Renata De Sousa Mota 
Coautor Renata De Sousa Mota* 
Fisioterapeuta, Mestre Em Ciência Da Motricidade Humana - Ucb/rj/brasil. Docente Da Fazag - Valença/ba/brasil E Da Famam - Cruz Das Almas/ba/brasil., Salvador, Brasil*


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Conclusión breve
Parece haver falhas de comunicação entre os mecanismos neurais sensório-motores para a elaboração do ato motor voluntário de indivíduos hemiparéticos espásticos vitimados de acidente vascular cerebral. Foram utilizados testes de contração isométrica máxima e número de ciclos por minuto em bicicleta ergométrica, com e sem bloqueio visual.

Resumen



Palabras clave
avaliação, somatossensorial, hemiparesia, AVC

Clasificación en siicsalud
Artículos originales> Expertos del Mundo>
página www.siicsalud.com/des/expertos.php/121054

Especialidades
Principal: FisiatríaNeurología
Relacionadas: KinesiologíaNeurocirugíaSalud Pública

Enviar correspondencia a:
Renata Mota, 41830-260, Pituba, Brasil



Key words
evaluation, somatosensory, hemiparesis, stroke


AVALIAÇÃO SOMATOSENSORIAL DE INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS

(especial para SIIC © Derechos reservados)
Artículo completo
Para Teixeira-Salmela, Olney e Nadau (1999), os sinais clínicos do acidente vascular cerebral (AVC) estão relacionados com a localização e o tamanho da lesão, a natureza e as funções da área atingida e com a disponibilidade de um fluxo colateral no encéfalo e podem desencadear uma variedade de alterações no sistema somatossensorial, cujo funcionamento é responsável por transmitir e analisar o tato ou informações táteis de localizações internas e externas no corpo, sendo o produto final desse processo denominado de apreciação de sensações somáticas. Segundo trabalhos realizados, seu comprometimento gera perturbações nas funções sensório-motoras, cognitivas, e ações que envolvem a linguagem e percepção intrasensorial (Danckert, Saoud, & Maruff, 2004; Sharp & Brouwer, 1997; Teixeira-Salmela, Lima, Morais, & Goulart, 2005; Teixeira-Salmela, Lima, Souza, & Goulart, 2006).

Sendo assim, Franzoi e Kagohara (2007), Lent (2008) e Shumway e Woollacott (2003) postularam que as conseqüências da lesão em regiões responsáveis pelas informações sensório motoras desencadeiam modificações no controle motor voluntário, com hemiplegia ou hemiparesia, alteração na marcha, espasticidade, hiperreflexia profunda, mudança na imagem corporal e agnosias.

Estudos anteriormente publicados indicam que o controle postural está diretamente relacionado com o funcionamento do sistema visual, vestibular e somatosensorial, assim como a interação entre eles, a posterior relação com o planejamento motor e com a execução do movimento voluntário (Carello, Silva, Kinsella-Shaw, & Turvey, 2008; Hortoba´gyi et al., 2009; Lent, 2008; Mochizuki & Amadio, 2006; Shumway & Woollacott, 2003). Esses sistemas oferecem subsídios adequados para a elaboração do movimento através dos feedbacks sensoriais, tornando o sistema motor cerebral dependente do sistema sensorial (Lent, 2008; Kandell, 2008; Magill, 2000; Silva, 2008). Sendo assim, Franzoi e Kagohara (2007) e Mochizuki e Amadio (2006) relataram que em indivíduos portadores de hemiparesia após um AVC há alterações nestes órgãos e nos seus respectivos mecanismos.

Diante disso, este estudo objetivou avaliar o perfil somatossensorial de indivíduos hemiparéticos espásticos vitimados de AVC com e sem bloqueio visual.

METODOLOGIA

Amostra
Composta de 18 indivíduos hemiparéticos espásticos vitimados de AVC, de ambos os sexos / 45 - 67 anos, que fazem fisioterapia em uma clínica escola.

Instrumentos e procedimentos de avaliação
Após aprovação de um Comitê de Ética (0163/2008) e assinatura do Termo de Consentimento, os participantes do estudo foram submetidos aos seguintes testes - Mochizuki e Amadio (2006), Teixeira-salmela, Olney e Nadau (1999), Teixeira-Salmela, Lima, Morais e Goulart (2005), Teixeira-Salmela, Lima, Souza e Goulart (2006):

- Contração Muscular Máxima através de isometria sustentada com olhos abertos e posteriormente com olhos fechados para:
- extensores do quadril
- flexores de quadril
- extensores de joelhos
- flexores de joelhos
- plantiflexão
- Repetição de ciclos em bicicleta ergométrica vertical com olhos abertos e posteriormente com olhos fechados durante 1 minuto.

RESULTADOS

Após tratamento estatístico, observa-se significância estatística para os seguintes testes entre os dois instantes: flexão de joelhos (p = 0,02), extensão de joelho (p= 0,03), extensão do quadril (p = 0,01), flexão de quadril (p = 0,05), flexão plantar (p = 0,04).

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

A partir dos resultados apresentados pode-se sugerir que os indivíduos avaliados apresentam uma dificuldade em desenvolver o "Modelo de processamento de informação" que envolve a captação do estímulo, a decodificação, a percepção, o processamento central, a decisão da resposta, o seu planejamento e a sua efetivação, para cumprir uma determinada tarefa motora quando no instante de olhos fechados (Lent, 2008; Magill, 2000; Silva, 2008). Ou seja, esses indivíduos apresentavam dificuldade em executar o movimento propriamente dito, definido por Beresford (2006): “O comportamento motor dotado de significação ou com valor por ser oriundo de uma consciência intencional surgida de um problema, ou de uma carência”.

Considera-se então possível que estes participantes apresentem uma dificuldade de conexão intersensorial entre o processamento das informações secundárias (associação) e as informações terciárias (integração) onde ocorrem a adição e combinação de todos os aspectos do estímulo recebido. Com isso, baseado nas afirmações de Magill (2000), de Kandell (2008) e de Silva (2008) os indivíduos avaliados podem ter uma baixa freqüência de condução neural nos processos cognitivos que envolvem planejamento, organização da sequência e envio das ações específicas dos movimentos a serem executados. Assim, isto parece afetar o envio de mensagens para dosagem de força e agilidade, alterando o que é fornecido pelos feedbacks sensoriais.

Sendo assim, os indivíduos podem ter apresentado problemas para organização da atividade consciente e a sua regulação, programação e verificação no instante de olhos fechados, o que os tornaram incompreensíveis em relação a tarefas motoras seguidas e simultâneas que foram executadas e que exigem a atividade conjunta de vários músculos (Carello, Silva, Kinsella-Shaw, & Turvey, 2008; De Paula, 2007).

Por fim, considera-se provável que os participantes deste estudo apresentaram falhas de comunicação acerca das informações resultantes entre a percepção, o processamento, e a decisão do movimento (programação de resposta), enviando assim para a musculatura prevista uma informação incorreta em relação ao tempo de execução do movimento.
Bibliografía del artículo
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Kandell, E. (2008). Principles of Neural Science. (4a ed.). New York: McGraw-Hill.

Lent, R. (2008). Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

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